O SEU CAMINHO PARA SEGURANÇA - http://www.majorolimpio.com.br/cartilha
“É preciso que os líderes façam pela sociedade e pelas pessoas o que a primavera faz pelas flores”. Pablo Neruda
O Problema e sua Importância
A violência tem amplo campo para progredir no Brasil devido aos seguintes aspectos: miséria social, drogas, consumismo estimulado pela mídia, facilidade de obtenção de armas, organização arcaica do Sistema de Segurança Pública, legislação defasada e complacente, Estatuto da Criança e maioridade penal inadequados à realidade brasileira, etc.
Todos estes fatores contribuem para a nefasta sensação de impunidade que se solidifica nos seguintes dados: a probabilidade, no Brasil, de alguém ser preso em flagrante, ser indiciado pela Polícia, julgado pela Justiça, condenado e cumprir pena sentenciada é de 0,001483%, ou seja, para cada 1.000 delitos praticados, apenas 1 chega à reta final com cumprimento de pena.
Com a segurança das instalações financeiras melhorando dia-a-dia, os carros de transporte de valores sendo repotencializados e tornando-se mais resistentes a impactos balísticos e os veículos de transporte de carga sendo monitorados por satélite, possibilitando pronta resposta a ações agressivas, os marginais acabam por atentarem contra as pessoas, explorando exatamente a fragilidade e a dificuldade que cada cidadão tem para se proteger.
Para 19% dos paulistanos e 28% dos paulistas, a violência é o principal problema.
A Economia do país está em processo de estabilização, entretanto, o alto índice de corrupção em todos os níveis, a péssima distribuição de renda, além da inexistência ou omissão do Estado nas áreas de Educação, Saúde e Habitação, geram conseqüências tais como o desemprego, desagregação familiar, menores abandonados, favelas ou ocupações irregulares, alcoolismo, drogas, etc.
Com o clamor público por mais segurança, aparecem teses simplistas de colocação de mais polícia nas ruas, o que é cômodo, pois anestesia os ânimos da população, dá votos e não soluciona o problema.
É necessário que se analise o problema de forma sistêmica e se aponte soluções que sejam de fato exeqüíveis, lógicas, legais e técnicas.
As taxas de criminalidade nos EUA continuam caindo ano a ano num percentual de 11% ao ano segundo o FBI. Para os especialistas, a redução nas taxas de criminalidade está diretamente ligada a uma nova política criminológica, que dá ênfase à proteção do indivíduo, ressaltando os interesses da vítima. E deixa de lado uma concepção antiga, que imagina o crime como mero fruto das desigualdades econômicas.
No Brasil assistimos ao inverso, uma total complacência com o crime e com o criminoso.
É necessário esforço concentrado de uma força tarefa “permanente” e não meras operações para a mídia cobrir. Não basta parecer, é preciso ser. A Revista VEJA, de 30 de janeiro de 2002, na página 76 e 77, com o título Engrenagem Emperrada mostrou “O Jogo de Empurra” entre os poderes:
- O Congresso diz que os governadores precisam exercer sua autoridade para fazer a Polícia Militar e a Civil trabalhar em parceria.
- Governadores dizem que a criminalidade cairá se os grandes bandidos forem isolados em prisões mantidas pelo governo federal.
- Governadores dizem que para a repressão funcionar melhor é preciso unificar a Polícia Militar e a Civil e que o Congresso não cuida do assunto.
- O governo federal diz que não pode administrar prisões porque o Congresso não aprova lei nesse sentido.
- A Justiça diz que a boa parte do seu tempo é gasta refazendo o trabalho que a polícia comandada pelos governadores não fez.
O JOGO DO EMPURRA
- O Congresso diz que o governo federal não mobiliza sua bancada para tratar do assunto.
- O governo federal diz que a Justiça tem funcionários demais e gasta seus recursos em prédios suntuosos.
- O governo Federal diz que a responsabilidade maior é dos governadores, pois são eles que têm a polícia.
- A Justiça diz que o problema não é de gerenciamento. O que falta é dinheiro do governo federal para contratar mais juizes.
- Ao governadores dizem que a polícia deles prende, mas a Justiça solta.
- O Congresso diz que as leis não atrapalham tanto. O que faz a Justiça lenta são a má administração e a improdutividade.
- A Justiça diz que cumpre a lei e alega que, se a sociedade está descontente com ela, cabe ao Congresso mudá-la.
Uma pessoa é assassinada a cada hora no Estado de São Paulo: são 24 por dia, 720 por mês, serão mais de 8.500 ao final de um ano. A cada 3 dias, ocorre um seqüestro, isto porque os “seqüestros relâmpagos” são registrados como roubo, já que não houve o confinamento em cativeiro específico; não fosse isto as estatísticas de seqüestros seriam mais estratosféricas. 588 carros são roubados ou furtados por dia e mais de 1500 assaltos ocorrem diariamente só na grande São Paulo.
O quadro fica mais tétrico se levarmos em conta a pesquisa realizada sobre vitimização pelo ILANUD – Instituto Latino Americano para Prevenção de Delitos e Tratamento do Delinqüente - que revelou que apenas 23% de roubos e furtos são comunicados.
Diante deste quadro “Dantesco” o povo brasileiro clama por solução, mas solução mesmo, não cortina de fumaça até as notícias esfriarem, não os “colóquios flácidos para acalentar bovino” (conversa mole para boi dormir). É necessário que se coloque o “dedo realmente na ferida”. A sociedade está com uma doença gravíssima, doença que exige tratamento de choque, que provocará dor, mas que não pode ser evitado.
São necessárias ações pró-ativas de cunho social e educacional, ações preventivas de toda a sociedade para evitar o delito, mas mais do que nunca uma grande mobilização de caráter permanente que demonstre realmente a soberania do Estado. Mas enquanto impera o jogo do empurra, o que podemos fazer: PREVENIR E EXIGIR.
A Segurança é a segunda maior preocupação do cidadão brasileiro, só perdendo para o desemprego. Atinge todas as camadas sociais, do barraco da favela aos grandes palacetes, do desempregado ao mega empresário. 12% do Produto Interno Bruto brasileiro é perdido com a violência e criminalidade. A legislação é inadequada ao contexto da sociedade
Segurança só é tema de 1ª linha e importância nas campanhas eleitorais, mas passados os pleitos, desilusão.
Casos rumorosos fazem com que os governos lancem planos nacionais de segurança pública que jamais saem do papel.
O Estado impondo aos seus policiais uma política salarial injusta que tira a dignidade e a vontade de lutar contra o crime.
Diante disso o cidadão desesperado pergunta: o que fazer?
É justamente o que esta cartilha irá abordar; prevenir e mais do que isso educar a população a exigir e exercer sua cidadania.
SEU DIREITO À SEGURANÇA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art 5º - “Todos são iguais perante à lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo aos brasileiros a aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...”
Art 144º - “A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos”.
Parágrafo 7º: A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades”.
Lamentavelmente, após 17 anos de vigência da Constituição cidadã ainda não se regulamentou a organização e o funcionamento da Segurança Pública no Brasil.
Art 245º - “A lei disporá sobre as hipóteses e condições em que o poder público dará assistência aos herdeiros e dependentes carentes de pessoas vitimadas por crime doloso sem prejuízo da responsabilidade civil do autor do delito”.
Também neste caso, são 17 anos de omissão, pois quando se cumprir a Constituição e for editada esta lei, o Estado descobrirá que é melhor investir para prevenir do que indenizar.
O poder público tem tentado se mobilizar através do lançamento de Planos Nacionais de Segurança, alteração de legislação, incrementos da Polícia, mas só isto não basta.
COMO APRENDER A SE PREVENIR
1ª fase: Tomada de consciência: é preciso que cada cidadão tenha a real consciência do problema da criminalidade e o risco que corre. As próprias estatísticas criminais e o tenebroso noticiário da imprensa ajudam a despertar para o problema.
2ª fase: Mudança de comportamento: um dos conceitos de Educação é “Educar é mudar comportamento”. Em segurança, ele é perfeito. Ter consciência é importante, mas mais ainda é mudar as atitudes. De nada adianta ter consciência e continuar praticando os mesmos erros e se expondo aos mesmos riscos.
3ª fase: Tomada de atitude: faça um levantamento de tudo que possa representar risco a você e aos seus e comece a adotar medidas preventivas.
MEDIDAS GENÉRICAS E BÁSICAS DE PREVENÇÃO
FAÇA O ÓBVIO!!! Não é necessário que um especialista de Segurança Europeu ou Americano lhe traga soluções hollywoodianas. Adote atitudes coerentes. “Pense dentro do sapato do marginal”: se eu fosse atacar uma vítima nesta situação, como faria? Suas respostas serão óbvias. Mas, em matéria de segurança, quem pratica o óbvio terá mais chances...
Diminua os atrativos aos criminosos
- Diminua o volume de sua carteira:
- Documento: só o imprescindível, mesmo assim com xerox autenticada.
- Cartão de Crédito: um só e escondido entre os cartões pessoais ou no porta documentos do veículo, que também não devem ser os originais, mas xerox autenticadas pelo DETRAN.
- Cartão de Banco: evitar portá-lo e, se o fizer, que também seja escondido e não na carteira.
Evite os chamados “Pontos Negros”
Caso more, trabalhe ou necessariamente tenha que passar por tais locais, redobre a vigilância, não porte jóias ou relógios que despertem a atenção, ande com os vidros do carro fechados, olhos atentos a todo o ambiente.
Segurança 100% não existe. É impossível neutralizar totalmente a violência, mas é possível minimizar seus efeitos.
É necessário, no mundo moderno, aprender a enxergar como policial. As mesmas lições que se ensinam nas Academias Policiais para identificar tipos e comportamentos criminais ou mesmos suspeitos:
- Pense dentro do sapato do criminoso: "se eu fosse bandido nessa situação agiria assim" - você aprenderá a identificar os momentos em que fica mais vulnerável.
- Aprenda a antever situações - enxergue longe, desconfie de situações aparentemente corriqueiras.
Digo sempre aos meus alunos "se você me vir duas vezes no trânsito não pense: "que coincidência". Pense: "esse cara está me seguindo".
- Preste mais atenção às mãos das pessoas. Se estão ocultas, se portando volumes, pacotes, etc.
- Analise a roupa das pessoas e o ambiente, não sob a ótica de um estilista, mas de alguém preocupado com a própria segurança. Roupas de frio em dias quentes, por exemplo pode ser apenas um facilitador para ocultar armas.
- No trânsito, eduque-se a observar os veículos, não como apreciador, mas com "Olhos de Policial": carro novo x placa velha, placa velha x carro novo, ausência de lacre ou plaqueta, veículo sem placas; se motocicletas, atenção para motos com duas pessoas, principalmente se o garupa estiver SEM capacete, (isto facilita a abordagem de pessoas em automóveis com a tomada do veículo ou mesmo seqüestro.Observe se há chave na ignição da moto.
- Não se coloque em situações de risco desnecessariamente. Parar em caixa eletrônicos à noite só em caso de extrema necessidade. Se estiver com familiares no carro, principalmente crianças NUNCA.
- Ao parar em postos de gasolina, principalmente em estradas, jamais abandonar crianças e mulheres no carro enquanto se afasta.
Lembre-se: o marginal está sempre à espreita de vítimas frágeis. Demonstre estar atento a tudo. Não se torne um alvo fácil. Pense e enxergue como um policial. Condutas Preventivas geram tranqüilidade.
PREVENÇÃO NO TRABALHO
Em segurança não existem regras definitivas; existem sim procedimentos que muito embora pareçam óbvios, deixamos de executá-los justamente por causa disso. Você pode ter o conhecimento daquilo que recomendamos, mas o que você tem feito com este conhecimento?
Vivemos e trabalhamos em uma cidade violenta. Os conceitos de prevenção devem ser aplicados a tudo o que fazemos e nosso local de trabalho não é uma exceção. Cada dia mais aumentam as estatísticas de incidentes violentos em estabelecimentos públicos, fábricas, escolas, bancos, etc. Conceitos de vigilância que, anteriormente, eram aplicados somente em estabelecimentos de alto risco, como bancos, por exemplo, hoje estendem-se a todo tipo de empresa, independente do porte ou do negócio a que se dedicam.
Se sua empresa possui um plano de segurança escrito e detalhado, adapte-se a ele, cumpra rigorosamente as regras estabelecidas, independentemente de eventuais constrangimentos e restrições aos quais tenha que se submeter. A política de segurança não significa uma desconfiança da empresa em relação a seus empregados, mas sim uma atitude pró-ativa de proteção a eles e ao negócio.
Contudo, se a empresa onde trabalha não possui uma política e um programa de segurança eficientes, incentive seus superiores a criá-los. A prevenção de perdas pode representar a própria sobrevivência na empresa.
O fato de trabalharem muitas pessoas e circularem outras tantas significa que não só você, mas todos devem estar atentos às necessidades de prevenção.
O primeiro passo é o rígido controle de quem tem acesso ao local; é necessário o controle e identificação de todos que pretendam adentrá-lo.
Quanto mais livre o acesso, maior será o risco de ser molestado dentro do próprio ambiente de trabalho.
Os planos de segurança devem ser do conhecimento de todos os funcionários, desde o sistema de combate a incêndio, até uma eventual invasão para assalto ou seqüestro.
Tenha sempre em mente em bom plano de evacuação do local. Mantenha as janelas fechadas; se forem de vidro, que sejam escuros para evitar observação interna.
Não use combinações eletrônicas nas fechaduras, principalmente se houver funcionários que, necessariamente, tomarão conhecimento do segredo. É mais seguro ter as portas trancadas, com fechadura de boa qualidade. O acesso às chaves deve estar restrito à segurança.
Ao sair nos corredores de acesso aos elevadores, verificar através de olho mágico ou circuito fechado de TV se há algo ou alguém estranho. Todos os funcionários deverão estar orientados a atender, com reservas, pessoas prestadoras de serviço ou vendedores, principalmente os que não foram chamados.
Evitar entrar no elevador quando nele houver pessoas estranhas; é melhor disfarçar e esperar o próximo.
Especial atenção para a entrada da equipe de limpeza e evitar que tenha acesso às chaves. Esta equipe deve ser sempre acompanhada por integrantes da segurança e trabalhar durante o expediente.
É interessante a instalação de interfones e circuito de TV para controle e identificação dos visitantes, principalmente no acesso principal, bem como o uso de crachás.
Preferencialmente o prédio deverá ter garagem subterrânea com acesso, logicamente, controlado, evitando assim, o embarque e desembarque na rua.
Apresentamos a seguir algumas “dicas” importantes que permitirão ao leitor precaver-se contra atos criminosos no local de trabalho.
· Desconfie de pessoas que de uma hora para outra passam a fazer “visitas” ao seu local de trabalho com o propósito de lhe oferecer, ou a seus empregados, algum produto ou serviço não solicitado. Muitas vezes os marginais valem-se desse subterfúgio para conseguir informações da pessoa que esta sendo visada como alvo de um seqüestro. Caso tenha qualquer dúvida, confira as credenciais do visitante junto à empresa que ele representa.
· Nunca forneça seus dados ou da empresa a estranhos por telefone e oriente seus funcionários e pessoas próximas para que ajam da mesma forma. Anote o nome e número do telefone da pessoa para que possa retornar posteriormente e, se for o caso, fornecer os dados solicitados. Agindo dessa maneira você terá tempo de refletir sobre a real necessidade e conveniência de fornecer tais informações.
· Cuidado com pessoas que, por telefone, tentam lhe vender coisas ou atualizar seus dados cadastrais. Não são poucos os casos de pessoas que, fazendo-se passar por funcionárias ou administradoras de cartões de crédito, bancos, estabelecimentos comerciais ou instituições de caridade ligam solicitando informações pessoais para atualização do cadastro. Você pode estar prestando valiosas informações a marginais!
· No local de trabalho, mantenha suas gavetas fechadas sempre que estiver ausente da sala, mesmo por um curto período de tempo. Nunca deixe pastas, bolsas, carteiras, talões de cheques, cartões de crédito, chaves e outros pertences valiosos em locais de fácil acesso.
· Tenha um cuidado especial com as chaves de sua residência. Evite deixá-las sobre a mesa de trabalho ou em gavetas abertas quando se ausentar. Alguém mal intencionado pode fazer uma cópia das chaves em poucos minutos sem que você perceba.
· Cuidado com conversas reservadas ao telefone. Certifique-se de que outras pessoas não estejam ouvindo. Muitos “assuntos pessoais e profissionais”, quando ouvidos e interpretados indevidamente podem gerar sérios problemas e constrangimentos.
· Atenção especial deve ser dedicada aos grampos telefônicos e às escutas ambientais, que estão diretamente relacionados ao sigilo das informações. Já foram registrados casos de funcionários, ex-funcionários, cônjuges, ou outras pessoas que por motivos muitas vezes fúteis, contratam detetives para obter informações tiradas de conversas telefônicas, na intenção de usá-las posteriormente para uma chantagem.
· Documentos que contenham informações importantes da e para a empresa devem ser mantidos em local reservado e fora do alcance de pessoas estranhas. A proteção das informações de uma empresa é, muitas vezes, mais importante do que a proteção de seu patrimônio.
· Não confie a guarda ou o transporte de valores a menores ou a pessoas inexperientes. Se for obrigado a fazê-lo, alerte-os contra a ação dos vigaristas que agem nos centros bancários.
· Tome cuidados especiais se sua empresa está localizada em áreas consideradas perigosas e com elevados índices de criminalidade. Da mesma forma, precavenha-se se trabalhar em locais isolados ou em horários noturnos.
· Respeite sempre seus colegas de trabalho. Evite atitudes hostis e de confrontação. Nunca discuta ou humilhe quem quer que seja e mantenha a calma ao tratar com pessoas nervosas, aborrecidas ou irritadas.
· Se trabalhar fora das instalações da empresa, procure ter sempre em seu poder um telefone celular. Ele pode ser de extrema utilidade em situações de emergência.
PREVENÇÃO NA RESIDÊNCIA
A prevenção inicia na escolha do imóvel, se possível optar por moradia em condomínio vertical ou horizontal, pois reduz o isolamento.
Os marginais poderão entrar numa residência por duas razões: descuido total da vítima ou o marginal possuir informações de alguém acerca do que roubar e da rotina dos moradores.
Morando em Casa
No caso de residir em casa, procurar equipá-la com dispositivos que dificultem ao máximo o acesso inoportuno.
Dispositivos que aumentam a segurança:
Sempre que mudar para uma nova residência, seja apartamento ou casa, é necessário trocar as fechaduras de acesso.
É importante que a casa tenha muros elevados, com mais de 2,5m de altura e extremidades pontiagudas (lanças) em 45° para fora, com cacos de vidro ou arame farpado no topo.
Os muros e cercas ideais são aqueles que limitam ou impedem a visão do interior da propriedade; uma boa medida é o plantio de vegetação ao longo das cercas.
Muro alto protege, mas não é o essencial, caso fosse, os presídios não necessitariam de sentinelas.
As janelas devem ter grades de proteção reforçadas e possuírem fechaduras resistentes. As grades devem ser trançadas vertical e horizontalmente a fim de evitar sua separação com o uso de alguma alavanca.
As portas devem ter olho-mágico, nunca observadores de vidro. Vale a pena a instalação de interfones ou vídeo-porteiros.
As portas de garagem merecem atenção especial, devendo acionar travas reforçadas após seu fechamento. Muita atenção às portas de comunicação entre a garagem e o interior da residência.
O quintal não deve ter arbustos e folhagens que possam facilitar o esconderijo de marginais.
A instalação de alarmes é extremamente útil, bem como o uso de cães, que ainda são os maiores e mais eficientes dispositivos de alarme e reação, pois, além de denunciarem, ainda rechaçam a presença de estranhos; quanto maior o número de cães, mais difícil será silenciá-los.
Chaves
É necessário um rigoroso controle daqueles que têm acesso às chaves; restringi-los ao essencial; jamais permitir que o molho de chaves seja confiado a pessoas que não sejam amigos íntimos da família.
As chaves nunca deverão ficar com porteiros e serviçais, pois poderão ser feita cópias para ação futura.
Se houver necessidade de haver chaves-reserva, estas nunca deverão ser guardadas em local próximo as portas de acesso.
As chaves da residência nunca poderão estar junto com a do automóvel, pois estes as vezes ficam em postos e oficinas.
Nunca usar identificação em chaves e chaveiros, muito menos o endereço; é melhor perdê-las do que correr o risco que caiam em mãos erradas. No caso de perda das chaves, deve ser providenciada a troca das fechaduras de acesso como medida preventiva ou de segurança.
Procedimentos Gerais na Residência
Seguem algumas orientações que, se seguidas à risca, diminuirão em muito, ou até anularão eventuais ações de criminosos.
Só deverá entrar na residência quem for anunciado e esperado, ou ainda quem for familiar.
Cuidado com pessoas que se passam por vendedores, pesquisadores ou prestadores de serviço. É comum os marginais tentarem passar por agentes da companhia telefônica, policiais, entregadores de água, gás ou pizza, para terem acesso à residência com o intuito de atacá-lo ou colherem subsídios para planejá-lo e executá-lo posteriormente.
Atenção aos funcionários de obras próximas à residência; as obras e os empregados podem ser um engodo.
É comum pessoas pedindo auxílio dizendo estarem com problemas mecânicos em seus veículos, ou até mesmo dizendo-se assaltados e solicitando o uso de seu telefone. Nestes casos a entrada do estranho não deve ser permitida; o número do telefone deverá ser anotado e alguém da residência fará a ligação.
Encomendas não solicitadas não deverão ser aceitas em nenhuma hipótese, sob qualquer pretexto ou destinação.
Telefones de emergência, principalmente o da polícia, devem ser conhecidos de cor por toda a família.
É fundamental que todos que possam atender ao telefone estejam orientados para evitar o fornecimento de informações que possam comprometer a segurança.
Não se identificar ao telefone, esperar que o interlocutor o faça; caso este não seja familiar, não é aconselhável se identificar. Pode ser que estejam apenas conferindo quem está em casa.
Os marginais podem, ao telefone, tentar simular uma “pesquisa e coleta de dados” para obterem informações com relação ao número de pessoas que estão ou moram na casa. Nenhuma informação deste tipo deve ser fornecida.
Se ocorrerem telefonemas ameaçadores, anotar horários, particularidades da voz ou sotaque e passar estes dados à polícia.
Cuidado com telefonemas avisando que um parente sofreu um acidente, ou que precisa de auxílio imediato. Parar para pensar não altera a informação; deve-se certificar se o parente mencionado está ausente e solicitar o auxílio da polícia. Esta pode ser uma estratégia para tirá-lo de casa ou do trabalho.
Caso em algum telefonema o interlocutor se identificar e for familiar, mas pedir informações a respeito da família, estas não deverão ser fornecidas já que, ao telefone, não há como conferir se a pessoa é quem se diz ser ou se está sendo coagida. Neste caso a resposta deve ser: “Mais tarde ligaremos para dar estas informações”.
Se a visita de um técnico ou representante foi previamente avisada e mesmo que este tenha se apresentado com cartão, as regras não deverão ser esquecidas, pois as suspeitas nunca são anuladas.
Quando houver festas na residência, o número de convidados deve ser calculado para que caiba dentro da casa e a vigilância deve ser aumentada, bem como o controle dos acessos.
Um planejamento conjunto de segurança pode ser adotado, instalando-se equipamentos de alarme sonoro ou luminoso em residências vizinhas. Exemplo: um simples interruptor instalado em uma residência, quando acionado, irá acender uma lâmpada de cor viva na residência vizinha, alertando para uma emergência ou ocorrência em andamento. Um interruptor pode ser facilmente acionado, além de não atrair a atenção do invasor.
Contratação e Conduta dos Empregados
A necessidade de empregada doméstica, babá, motorista ou faxineira, nunca deverá ser anunciada em classificados de jornais. Isso deve ser feito através de agências idôneas ou de indicação de pessoas de confiança.
O primeiro contato com o interessado no emprego não deverá ser feito pelo futuro empregador.
Na ocasião da contratação deve ser observado o seguinte:
Pessoas que só usam roupas de mangas compridas (principalmente no calor) poderão estar ocultando marcas como picadas de drogas ou tatuagens;
Olhos excessivamente vermelhos que denunciem o uso de álcool ou de drogas;
Relação dos últimos empregos;
Cuidados redobrados na contratação de babás ou pessoas que terão contato próximo com crianças.
Após a entrevista deve ser feito o levantamento da ficha criminal do interessado no emprego, bem como amizades, namorados, parentes e vizinhos.
Pessoas mais maduras e com mais idade estarão menos sujeitas a relacionamento com marginais.
Feita a contratação, o novo empregado deve ser orientado com relação a sua conduta dentro e fora do emprego no que se refere a informações da rotina do lar.
No caso de edifícios, igual procedimento deve ser tomado com relação aos funcionários do condomínio.
Os serviçais não deverão receber visitas dentro da residência, principalmente na ausência dos patrões; é lógico que sempre há flexibilidade em alguns casos de emergência.
Nas Viagens
Nas ocasiões de viagens, algum amigo e/ou segurança deve passar pela residência para apanhar a correspondência ou jornais que não devem permanecer no local apropriado além do horário normal. As luzes não deverão ficar acesas durante as 24 horas do dia, pois delatam a ausência das pessoas.
A polícia deve ser avisada nas ausências prolongadas.
Morando em Prédio
O ataque a edifícios tem se tornado uma modalidade criminosa muito usada.
Quanto mais os condomínios incrementam a segurança dificultando o acesso, mais os marginais inovam.
Atualmente mudaram até o horário dos ataques. Antes atacavam o morador chegando em casa ou ludibriando o controle de acesso e segurança. Hoje estão atacando moradores saindo de casa, principalmente na madrugada e começo da manhã, obrigando-o a retornar para o edifício para roubar não só o apartamento da vítima, mas todo o prédio.
Quando tentam ingressar no condomínio, raríssimas vezes os marginais chegam ostensivamente, com violência e demonstrando seu aparato; normalmente agem dissimulados, com disfarce, explorando justamente a boa fé e o despreparo.
Podem se passar por:
- entregadores de encomendas, pizzas, flores, etc;
- executivo de terno e gravata;
- corretor de imóvel;
- visitante de alguém “conhecido” ou de nome comum;
- alguém que precisa de socorro – que diga que foi assaltado ou que precisa de ajuda para socorrer alguém;
- funcionário de instituição de caridade ou igreja;
- banhista (à beira-mar).
Procedimentos Específicos que Evitem Ataques ao seu Prédio
Ter um plano de segurança do edifício, aprovado e de conhecimento de todos os moradores e funcionários.
O edifício deve estar protegido por muro e grades altas. Sensores de infra-vermelho ou cerca eletrificada são de grande ajuda para detectar ou repelir intrusão. As áreas externas devem ser bem iluminadas.
As portas de acesso devem ser controladas pela portaria.
As guaritas devem ser construídas recuadas do portão, em posição que permitam a visão completa da frente da edificação. Os vidros devem ser blindados para que o porteiro não seja obrigado a abrir os portões sob ameaça de armas e deve possuir estrutura para que o porteiro não necessite sair da guarita. Recomenda-se que os vidros sejam escuros.
Não deixe as chaves de seu apartamento na Portaria.
Na ausência do condômino o porteiro deve receber as encomendas. Jamais permitir que o entregador suba ao apartamento para fazer a entrega. Deve sim ser construída uma portinhola ou pequena passagem que permita o recebimento de encomendas.
Ao atender estranhos no portão, o porteiro deve mantê-lo fechado.
Recomenda-se combinar uma “senha” a ser utilizada pelos porteiros para avisar aos moradores, pelo interfone, de possíveis situações de risco.
Combinar “senha” entre os moradores e porteiros, que pode até ser um gesto, para ser feito pelo porteiro e visto pelo morador no “olho mágico”, que indique que está coagido e foi obrigado a ir até o apartamento.
Não se deixe enganar por supostos funcionários de companhias de água, luz gás, telefone, TV a cabo, etc, que sob pretexto de efetuar reparos nas instalações tentam entrar na residência ou condomínio. Em caso de dúvida, não abra a porta antes de checar sua credencial junto à empresa fornecedora do serviço. É indispensável que a credencial ou crachá apresentado possua a foto do portador, que também deve estar uniformizado.
As concessionárias de serviços públicos não costumam executar serviços no interior das residências ou unidades condominiais. Se o morador não solicitou algum serviço, não deve permitir a entrada de qualquer suposto funcionário dessas empresas.
O acesso de estranhos, entregadores, prestadores de serviço, etc, deve ser restrito aos horários preestabelecidos pela família ou pelas normas do condomínio.
A aparência física ou a idade das pessoas não deve ser argumento para um relaxamento ou alteração nas normas de segurança. Todos devem ser tratados com educação, mas sem qualquer desrespeito às regras estabelecidas. Diversos assaltos já ocorreram em razão de moradores ou porteiros terem franqueado o acesso a marginais bem vestidos, aparentando elevado “status” social ou mesmo idosos. Vale lembrar que há pessoas que se recusam a obedecer as regras de um condomínio e fazem ameaças e pressão sobre os porteiros na tentativa de intimidá-los e fazê-los descumprir regras de segurança.
Frases famosas como: “sabe com quem você está falando?”, “vou fazer uma queixa ao síndico” ou “dá um jeitinho” não devem jamais ser levadas em consideração. O síndico deve orientar os porteiros e empregados a respeito!
Havendo prédios contíguos ou próximos do seu, se houver consenso dos moradores, poderá ser feita uma ligação de interfones ou mesmo de simples alarmes sonoros entre as portarias ou zeladorias desses edifícios, que funcionarão como pedido de auxílio nos momentos de perigo (forças amigas).
Sempre que for entrar no condomínio, de carro ou à pé, o morador deve prestar atenção para que nenhum estranho entre junto.
Pressa não é motivo para não cumprir procedimentos.
Morador que tem carro com vidro escuro deve baixá-lo para identificação.
Criar uma vaga de emergência (vaga de pânico) para que, caso o morador chegue coagido possa parar ali. A segurança e a portaria saberão do problema.
Os moradores não devem ficar conversando junto aos portões do prédio, pois serão os primeiros a serem abordados.
O porteiro sempre deve checar se o morador está aguardando encomenda ou visita.
Antes de abrir qualquer portão, o porteiro deve observar se o ambiente ao redor está tranqüilo.
Prestadores de serviço devem ter seus dados anotados.
Condomínios em obras devem identificar e colocar crachá nos funcionários da empreiteira.
O zelador deve ter o cadastro de dados dos veículos dos condôminos. Somente carros cadastrados podem acessar à garagem.
Promova reuniões do condomínio para discutir segurança e rever procedimentos. Todos os funcionários devem ser treinados.
O porteiro deve conhecer perfeitamente todos os recursos dos dispositivos de segurança do prédio – circuito fechado de TV, botão de pânico, etc.
Prédios com circuito fechado de TV devem manter em local reservado e lacrado a central de gravação.
Porteiros não devem se aproximar do gradil para atender a estranhos.
Em condomínios com várias torres deve ser estabelecido o horário para fechamento das portas e que, a partir daí, só o morador as abre com suas chaves.
Manter na portaria a relação de telefones de emergência.
Funcionários devem ser orientados a não comentar rotina do condomínio ou dos moradores.
Ao chegar e perceber algo estranho, o morador não deve ingressar no condomínio. Dê a volta e se for o caso, ligue para 190.
Caso seja rendido, procure manter a calma, não provoque e não dê sugestões, não encare e não minta.
Convém que os apartamentos também tenham um sistema de alarme, com botões de pânico silencioso monitorado à distância por empresa de alarme.
Vigilância armada só pode ser realizada por empresa especializada em segurança, cadastrada e autorizada pela Polícia Federal.
Os portões devem abrir de dentro para fora, facilitando a evasão e dificultando o arrombamento.
Evitar adesivos nos automóveis que identifiquem o condomínio.
Câmeras de segurança devem ficar camufladas ou escondidas.
Condôminos com apartamentos à venda devem cadastrar os nomes dos corretores que irão ao local para acompanhar interessados no imóvel.
Porteiros não devem se deslocar nas ruas com uniforme que identifique o condomínio. Nem para ir até a padaria!
PREVENÇÃO NOS DESLOCAMENTOS
Durante os deslocamentos, seja à pé, transporte coletivo ou automóvel, o cidadão está mais vulnerável. É importante ter a consciência que durante um assalto a maioria do que acontecer estará fora do seu controle. Os maiores riscos estão nas ruas, pois os marginais não querem se expor, selecionam suas vítimas atacando os mais frágeis e despreparados, sendo certo que no momento do ataque estão nervosos, com medo e não raras vezes estimulados pelo álcool ou drogas.
Não existe um perfil do assaltante, podendo estar de bermuda e chinelo ou terno e gravata, podendo inclusive ser mulher.
Medidas Preventivas à Pé
Caminhe observando tudo o que acontece ao seu redor.
Ao identificar um suspeito em potencial, observe suas mãos e, se possível, seus olhos.
Saiba que o marginal precisará se aproximar de você, portanto, procure manter uma distância razoável do suspeito – 15 a 20 metros. Ninguém assalta ninguém à distância.
Quando o suspeito tentar se aproximar, mude de calçada e observe o seu comportamento. Se ele mudar também, cresce a probabilidade de que irá abordá-lo. Não permita que se aproxime. Procure um local para se abrigar com muito movimento ou local com seguranças ou policiais.
Caso o suspeito esteja vindo em sua direção, mude de direção e procure aumentar sua distância em relação a ele.
Se ele apertar o passo, procure entrar numa loja ou lugar que o valha.
Se não houver onde se proteger, comece a correr e observe o comportamento dele. Corra antes da abordagem. Depois da abordagem, nunca corra, pois será ferido.
Se ele correr em sua direção, grite um nome de pessoa. O marginal achará isto incomum e se questionará quem é este nome chamado. Será que está próximo? Poderá com isto desistir de seu intento.
Evite carregar grandes importâncias em dinheiro ou objetos de grande valor (jóias, por exemplo). Caso tenha necessidade de fazê-lo, guarde os valores em local seguro e discreto, antes de sair à rua. Evite aglomerações e locais favoráveis à ação de “trombadinhas” e punguistas. Locais ermos e de pouco movimento também são favoráveis à ação de marginais.
Quando estiver portando valores siga diretamente para o seu destino, não parando em bares, casas de diversões, etc.
As mulheres devem carregar suas bolsas e sacolas firmemente seguras entre os braços, mantendo a mão sobre o fecho. Elas são as vítimas preferidas dos “trombadinhas” e das chamadas “cortadeiras”, mulheres que se aproveitam de aglomerações para, usando uma lâmina, cortar as bolsas e sacolas e subtrair os pertences de seu interior.
Evite caminhar sempre pelas mesmas ruas, nos mesmos horários. Variar o itinerário é importante para quebrar a rotina.
Ao parar em pontos de ônibus, procure aqueles de maior movimento, de preferência aqueles localizados à porta de estabelecimentos comerciais. Preste atenção especial no momento de tomar o ônibus.
Se estiver em um coletivo e este for invadido por ladrões, procure manter a calma. Não os encare diretamente, nem tente dialogar com eles. Se houver oportunidade de se desfazer de algum de seus valores, faça-o de maneira a mais dissimulada possível.
Sempre que for possível, não se exponha gratuitamente à ação dos marginais, andando desacompanhado por locais inóspitos e ou em horas avançadas. Em uma festa ou reunião, aguarde a companhia de amigos para saírem juntos.
Quando estiver só, escolha seu trajeto, evitando passar por locais desertos e/ou pouco iluminados. Mantenha-se alerta ao cruzar com outras pessoas e não pare para atender a pedidos que lhe despertem desconfiança. Caminhe no meio da calçada, contra o sentido do trânsito de veículos e atravesse a rua a qualquer sinal de perigo. Se pressentir a aproximação de estranhos em atitude suspeita entre no primeiro local habitado que encontrar e peça ajuda.
Jamais use locais isolados para namorar. Os namorados em lugares solitários são presa fácil para os ladrões.
PREVENÇÃO NOS DESLOCAMENTOS MOTORIZADOS
- Não coloque adesivos do local onde mora, clube que freqüenta, faculdade etc.
- Mantenha os vidros sempre fechados ou com o suficiente para entrada de ar.
- Instale película refletiva insulfilm. Ela inibe a ação de assaltantes porque com dificuldade de ver o interior do automóvel, o bandido não se sente seguro para agir. A lei permite uma transparência mínima de 75% no pára-brisas, 70% nos vidros laterais dianteiros e de 50% nos demais.
- Portas e porta-malas sempre travados.
- Se estiver num táxi peça ao motorista para travar as portas e fechar os vidros.
- Evite trafegar por áreas consideradas perigosas. Defina seu itinerário antes de sair para algum destino. Use o guia de ruas ao invés de parar várias vezes para perguntar o caminho a estranhos.
- Sempre que estacionar seu veículo, em qualquer lugar e situação, tranque as portas, suba os vidros e, se possível, acione o sistema de alarme.
- Nos estacionamentos de supermercados e shopping-centers, estacione seu veículo em locais bem iluminados e de maior movimento. Dê preferência às vagas mais próximas da entrada do estabelecimento. Normalmente as pessoas se sentem mais seguras nesses centros comerciais e tendem a diminuir seu grau de atenção. Preste atenção ao entrar no veículo ou guardar as compras, momento favorável á ação dos marginais.
- Nunca deixe pacotes, bolsas, pastas ou quaisquer artigos que possam chamar a atenção de marginais no interior do veículo. Guarde esses objetos trancados no porta-malas, longe da vista dos ladrões.
- Nunca deixe documentos, talões de cheque, cartões de crédito e quaisquer objetos de valor dentro do carro, quando este estiver estacionado.
- Jamais deixe sua carteira de habilitação e os documentos do carro em seu interior, mesmo se estiverem no porta-luvas. Da mesma forma, jamais deixe no interior do veículo cartões de visita, apólice de seguros ou quaisquer papéis que possam indicar seu endereço residencial ou comercial.
- Ao parar nos semáforos, redobre sua atenção, permaneça com a primeira marcha engatada e fique atento à aproximação de pessoas, mesmo que não lhe pareçam suspeitos. Evite falar no celular pois além de atrair a atenção de marginais também contribui para desviar a sua atenção.
- Tenha especial cuidado co “motoqueiros” que param ao seu lado. É comum sabermos de assaltos praticados em motos, especialmente quando levam um comparsa na garupa.
- As chaves sobressalentes nunca devem ser guardadas no interior do carro. Mantenha uma cópia em seu local de trabalho ou em sua residência.
- Use chaveiros separados para as chaves de seu carro e as da sua residência. Nunca deixe as chaves da casa no interior do carro; leve-as sempre com você!
- Procure deixar seu carro em estabelecimento vigiado e de sua confiança.Se for necessário estacionar na rua, deixe seu carro em local o mais visível e iluminado possível. Utilize algum tipo de alarme e/ou travas de segurança. Os marginais procuram veículos mais fáceis de serem roubados.
- Ao estacionar na via pública, evite as áreas vigiadas pelos “flanelinhas”. Na via pública, não pare no mesmo local, na mesma hora, todos os dias.Jamais deixe as chaves do veículo com “guardadores de carro”.
- Se estiver trafegando por locais desertos, especialmente à noite, e perceber alguém pedindo auxílio à frente ou sentir que seu pneu furou, ou deparar-se com bloqueios de pedras ou outros objetos no caminho, não pare! As chances de ser um assalto são enormes. Buzine, acelere o carro, tente se livrar dos obstáculos e procure fugir, mesmo com o risco de danificar o veículo. Quando sentir-se em segurança, avise a polícia.
- Nunca dê carona! Cuidado com marginais vestidos como policiais rodoviários pedindo carona em pontos da estrada distantes dos postos rodoviários.
- Se o carro não “pegar” ou sofrer alguma pane que impeça seu deslocamento, busque por socorro através de empresas habilitadas. Nunca aceite serviços de socorro não solicitados ou de estranhos.
- Se precisar abandonar o veículo em decorrência de alguma pane, tranque-o e acione o alarme. Nessas horas, o telefone celular é de fundamental importância.
- Jamais deixe bebês ou crianças sozinhas no carro, mesmo que seja por poucos instantes. Ladrões são hábeis e conseguem abrir o veículo e acionar o motor em poucos minutos.
- Antes de entrar em seu carro, habitue-se a checá-lo bem, de todos os lados e em seu interior. Verifique se os pneus estão em perfeitas condições. Em estacionamentos, ao receber seu veículo do manobrista, cheque o porta-malas e o porta-luvas antes de sair.
- Durante os deslocamentos, habitue-se a não deixar expostos objetos pessoais como carteira, bolsas, talões de cheque etc., isso pode atrair a atenção de pessoas mal intencionadas. Lembre-se do velho ditado “a ocasião faz o ladrão”. Evite também a ação dos marginais, não ostentando correntinhas, medalhas, braceletes, relógios e outras jóias.
- Evite permanecer no interior de um veículo estacionado em via pública, mesmo se estiver acompanhado. Nunca namore ou converse no interior do veículo, ou ao lado dele, pois assim você estará convidando o marginal a atacá-lo.
- Quebre sua rotina nos deslocamentos, atenção à retaguarda e mantenha sempre distância do veículo da frente.
- Ocorrendo uma “batidinha” leve na traseira do seu veículo aja rápido, observe pelo retrovisor as pessoas que estão no carro de trás. Se desconfiar de qualquer coisa, não pare, sinalize para a pessoa te seguir e dirija até um local movimentado, de preferência onde haja policiais ou seguranças. Se a intenção era te assaltar a pessoa não irá te seguir.
- Se ocorrer à noite ou em locais desertos “nunca” pare, mesmo que não desconfie dos ocupantes do veículo.
- Se o pneu furar à noite, ou em locais pouco movimentados, não pare. Dirija até um posto policial ou local movimentado. É preferível arcar com os prejuízos do veículo que correr o risco de ser assaltado.
- As abordagens em veículos só são possíveis se o veículo estiver parado, um bandido nunca irá abordar um carro em movimento, sendo assim, evite parar ao máximo. Parado você se torna um alvo fácil.
- Por mais desumano que pareça, não pare para ajudar alguém à noite ou em locais pouco movimentados.Telefone para a polícia (190) e dê as orientações sobre o local onde a pessoa está necessitando de auxílio. Não deixe de ajudar, no entanto não pare.
- Ao entrar no veículo ligue-o, trave a porta e saia imediatamente. Após isso coloque o cinto e só depois ligue o rádio, ajeite objetos, etc. Quanto mais tempo parado maior o risco de uma abordagem;
- Se você achar que está sendo perseguido por outro veículo não altere sua forma de dirigir. Dirija até um posto policial ou um local bastante movimentado onde haja seguranças ou policiais. Nunca pare o veículo e não escolha postos de gasolina para se proteger, eles são locais geralmente pouco movimentados e visados por bandidos.
- Ao chegar em casa, antes de parar o carro observe a rua, locais onde pessoas possam se esconder, árvores próximas, etc. Se notar a presença de alguém suspeito não pare.
- Evite rotinas, procure diversificar seus caminhos e se possível seus horários de saída e chegada.
- Não descuide da manutenção do seu veículo, mantenha pneus, faróis, sistema elétrico, travas, motor, baterias, etc. sempre em ordem, evitando quebras que te obriguem a parar o veículo. Essas quebras podem acontecer à noite e em locais desertos. Se isso acontecer e for impossível não parar procure resolver o problema o mais rápido possível e deixar logo o local perigoso. Tenha sempre telefones de guinchos.
- Se estiver dirigindo e algo líquido atingir seu pára-brisas não ligue os limpadores. Há relatos de um determinado tipo de resina que ao ser jogada no vidro e espalhada pelos limpadores provocam embaçamento que obriga o motorista a parar. Quando desce do carro é abordado por bandidos que estão esperando logo à frente. Da mesma forma não pare se seu carro for atingido por pedras ou qualquer outro objeto.
- Quando o sinal estiver vermelho, procure manter seu carro à direita da rua. Geralmente os ladrões atacam pelo lado esquerdo, o do motorista. Ou na faixa central evitando também a calçada. Vá reduzindo a velocidade devagar, tentando chegar ao cruzamento quando o sinal estiver abrindo.
- Lembre-se: Carro parado é alvo fácil.
- Evite as compras no sinal. Mesmo que o vendedor não seja ladrão, você se distrai, abre seu vidro e se expõe.
- Ladrões usam crianças para preparar o assalto. A criança se aproxima para pedir dinheiro ou vender algo, observa o interior do veículo procurando por maletas, computadores, carteiras, celulares e demais objetos de valor. Se o carro for interessante a criança “cola” um chiclete na lateral ou no pára-choques traseiro. No próximo semáforo o bandido observa os carros “marcados” e sabe que ali há uma oportunidade de roubo.
- Coloque maletas e computadores no porta-malas e carteira e celular no porta-luvas.
- Se suspeitar de alguma coisa, procure ficar “colado” na lateral do carro à sua esquerda, não deixando espaço para abordagem.
- Fique atento a tudo ao seu redor. Não se distraia.
- A surpresa é a grande arma do bandido.
- Procure manter distância do veículo da frente, o suficiente para visualizar as rodas de trás do carro, assim você poderá se evadir rapidamente do local sem fazer manobras.
- Se a intenção for roubar o veículo, as primeiras posições são mais perigosas, pois o bandido terá a sua frente livre para deixar o local rapidamente.
- Se a intenção for roubar objetos, as últimas posições também tornam-se perigosas, já que o bandido não irá se expor demasiadamente e terá maior facilidade para fugir por trás do veículo sem ter que transitar entre outros carros parados.
Caso seja atacado no automóvel:
Tenha e peça paciência.
Obedeça rapidamente.
Informe o que vai fazer.
Mantenha as mãos no volante. Informe o assaltante se for pegar qualquer objeto, soltar o cinto ou desengatar o carro. Faça movimentos suaves.
Caso ele determine que você desça do carro, não fique entre a porta e o bandido, pois, na pressa, ele poderá empurrá-lo de volta ao carro e levá-lo como refém. Deixe o veículo se afastando e deixando a entrada livre.
PREVENÇÃO NOS CAIXAS ELETRÔNICOS
É comum nos dias de hoje, “seqüestros relâmpagos” que ocorrem em caixas eletrônicos, esta conduta agressiva está muito difundida e passa ser um motivo de preocupação. Eis algumas recomendações que serão úteis ao dirigir-se a um caixa eletrônico:
Evite usá-lo á noite;
Leve sempre apenas o cartão que for utilizar.
Faça seguro do cartão.
Não entre no caixa se houver outra pessoa dentro, aguarde sempre alguns minutos até que ela saia.
Fique com sua atenção voltada para a aproximação de pessoas estranhas, ou á aglomeração de pessoas próximas ao caixa.
Nunca aceite ajuda de estranhos.
Jamais forneça a senha a terceiros.
Não mantenha juntos a senha e o cartão, é muito mais recomendável que você memorize a sua senha, ou anote em local seguro e discreto.
Exija privacidade.
Encobrir o teclado ao dirigir a senha também é recomendável, caso haja alguém olhando o seu procedimento.
Conte o dinheiro antes de sair do caixa, acondicione-o dentro da carteira fazendo fora da presença de outras pessoas, se for o caso divida em vários bolsos.
Ao finalizar a operação aperte a tecla “anula”.
Passar pelo caixa e observar antes de entrar é recomendável até para se verificar pessoas escondidas.
Procure sempre utilizar caixas situados em locais movimentados e com muita iluminação – shopping, supermercado etc...
Procure perceber no ambiente ao redor se não esta sendo monitorado.
SEQUESTRO: CRIME DA MODA - COMO EVITAR
Nove em cada dez seqüestros no mundo ocorrem na América Latina. A cada 36 horas um paulista é seqüestrado. O Brasil é atualmente o 3º colocado em número de seqüestros, só ficando atrás da Colômbia e México. Dados estarrecedores feitos estes passaram a fazer parte dos noticiários e estampam as primeiras páginas de jornais, inclusive internacionais.
Qualquer um de nós esta sujeito a essa pratica criminosa, é muito importante que nos dias de hoje todos podem ser o alvo da ação dos seqüestradores.
O que é possível fazer?
O fato é que a solução para o combate ao seqüestro esta no perfeito alinhamento em esforço conjugado do trinômio Pena-Policia-Prevenção.
Quanto maior e mais energética a ação nos extremos desse triangulo, menor chance e motivação terá o marginal para agir.
E a Prevenção?
A quem cabe a responsabilidade? A cada um de nós- esta a resposta correta.
Não desejamos propalar uma “síndrome de insegurança”, contudo, os fatos recentes e a história têm mostrado que a história existe, está latente e é extremamente sério, pois coloca em jogo vidas humanas, além de criar traumas incuráveis nas vítimas e familiares.
Existem pontos comuns na história destas vítimas: a incredulidade de que pudessem ser vítimas e a pouca ou nenhuma adoção de medidas de segurança.
A banalização piorou muito o quadro.
Marginais completamente sem estruturas estão fazendo reféns em pontos de ônibus ou metro, etc; tornando cada cidadão, por mais humildade que seja, um “seqüestrável”.
CONSELHOS PARA SE EVITAR A AÇÃO DE SEQÜESTRADORES
Além de todas as medidas já mencionadas cabe enfatizar:
Com a família
· Evite rotinas quanto a locais que freqüente, como restaurantes, shoppings, clubes, etc.
· Transporte escolar coletivo para seus filhos é seguro e confortável. Pessoas indesejáveis poderão, porém, conhecer o local exato de sua residência.
No trabalho
· Evitar horários rígidos de chegada e saída do trabalho.
· Não atenda pessoas não identificadas previamente pelo serviço de segurança.
· Reforçar portas e assegurar que as janelas estejam trancadas.
· Somente a segurança deve ter cópias de chaves de acesso a sua sala.
· Manter destrancados os acessos absolutamente necessários a sua circulação.
· A prevenção contra incêndios aumentará sua segurança. Prepare seu local de trabalho para uma situação como essa.
Na residência
· Só admitir acesso de quem for aguardado antecipadamente e anunciado. É comum o delinqüente identificar-se como prestador de serviço público para poder adentrar em sua residência. Em caso de dúvida, telefone para o serviço público e confirme a veracidade da informação prestada pelo funcionário.
· Chaves, fechaduras de boa qualidade e grades de proteção podem ajudar a evitar o acesso de pessoas indesejáveis a seu lar.
· Contratar serviçais devidamente indicados por agência de empregos idônea ou amigos que conheçam bem o profissional. Antes de admitir o empregado, procure saber se possui antecedentes criminais.
Nos deslocamentos
· Portas do veículo sempre travadas.
· Estar sempre alerta a quem vai à sua frente, ao lado ou atrás de seu carro, no trânsito, suspeitar de qualquer veículo que pareça segui-lo.
· Não ignore motocicletas, especialmente se ocupada por duas pessoas. Use constantemente o espelho retrovisor.
· Mantenha uma distância de segurança do veículo à sua frente, de modo a poder manobrar se o veículo a sua frente parar bruscamente. Não se deixe "trancar".
· Não deixe de usar o cinto de segurança.
· Oriente seu passageiro a ajudá-lo a manter a vigilância. Passageiro lendo, dormindo, olhando a paisagem não colabora para a segurança.
· Não abra os vidros laterais a menos que seja absolutamente indispensável, especialmente com o veículo parado ou em baixas velocidades.
· Limite os ruídos internos do veículo (música, etc.), que possam distrai-lo.
· Insista conscientemente em modificar seus hábitos de itinerário e conduta. A ROTINA NÃO FAVORECE SUA SEGURANÇA.
Ação em caso de ameaça
Se você crê que está sendo seguido, não pense em enfrentar o delinqüente, altere bruscamente seu itinerário (dê a volta no quarteirão, vire inesperadamente, etc.). Se continuar sendo seguido, procure ajuda de um policial.
Conheça a localização, próximo a seus itinerários, de quartéis das Forças Armadas ou da Polícia Militar, ou Delegacias da Polícia Civil. Em caso de emergência, procure auxílio nesses locais. O delinqüente procura sempre evitar confronto com representantes da lei.
Nunca pare ou desça de veículos para prestar auxílio a terceiros. Procure um posto policial ou uma viatura ou, ainda, comunique o cidadão em dificuldades.
É comum que delinqüentes simulem acidentes de trânsito e outras situações para fazer pessoas pararem para prestar ajuda.
Cuidado ao entrar e sair de garagens. Se morar em prédio, a segurança do edifício não pode permitir demora nessa ação.
Seja Discreto: Evite propalar suas posses pessoais, seus cargos, etc. Oriente seus filhos e familiares a assim procederem.
Mantenha privacidade sobre seus hábitos de lazer, rotinas, itinerários, etc. orientando seus filhos e familiares a procederem assim.
Sobrevivência de Reféns - Procedimentos - Caso o Seqüestro Aconteça
Ações desejáveis
1. Permaneça calmo. Se a captura é inevitável, aceite-a e aja calmamente.
2. Esteja preparado para o choque de captura; admita e aceite mentalmente sua atual situação.
3. Informe aos seqüestradores sobre medicamentos que esteja tomando ou incapacidade ou doença de que sofra.
4. Aceite e coma a comida que derem a você, mesmo que esteja muito ruim.
5. Prepare-se para, quando em conversa com seus captores, diminuir sua importância, tanto para a organização que você trabalha quanto como indivíduo, seja humilde sem ser subserviente.
6. Adote uma atitude de tolerância e equilíbrio; prepare-se mentalmente para uma longa espera pela liberação, talvez de meses.
7. Adote uma atitude de discreto ceticismo em relação às informações dadas por seus captores.
8. Desenvolva uma mente disciplinada; ocupe-se com pensamentos positivos e construtivos, de forma planejada.
9. Planeje um programa diário de atividades e mantenha-o; inclua exercícios físicos diários, ainda que preso em espaço restrito.
10. Mantenha uma acurada noção de tempo, ainda que lhe tirem o relógio.
11. Tire vantagem de todo o conforto oferecido a você por seus captores, como livros, jornais ou acesso ao rádio, prepare-se para fazer reivindicações deste tipo.
12. Observe discretamente o ambiente e seus captores; retenha os detalhes na memória.
13. Mantenha-se o mais asseado que a situação permita, ainda que aprisionado em condições insalubres, reivindique o direito a banho e a higiene pessoal.
14. Desenvolva um relacionamento amigável com seus captores e tente ganhar seu respeito, o senso de humor é uma vantagem; lembre-se que partilham a mesma experiência, e eles tenderão a identificar-se com você em determinada medida. Cuidado para não identificar-se com a causa deles.
Ações que devem ser evitadas
1. Não antagonize seus captores desnecessariamente, eles o tem sob controle, reconheça isto.
2. Não se envolva em discussões sobre temas polêmicos, como crenças políticas ou objetivos revolucionários.
3. Não dê informações que possam ser úteis aos seus captores, como, por exemplo, sobre outros membros da sua organização, membros da família ou qualquer assunto específico acerca de segurança.
4. Não se permita ficar deprimido ou eufórico, simplesmente não se desespere.
5. Não tente violência física ou agressões verbais.
6. Não tente escapar, a menos que seu plano tenha razoáveis chances de sucesso.
7. Não acredite em tudo que lhe contarem.
8. Não acredite que tenha sido abandonado por sua organização ou pela família.
9. Não espere ser solto imediatamente.
10. Não permita que seus captores dominem sua mente.
11. Nunca os encare. Não deixe perceberem que você poderá identificá-los no futuro.
MUITO IMPORTANTE: caso alguém próximo a você (familiar, amigo, colega de trabalho) tenha sido seqüestrado, avise IMEDIATAMENTE à polícia; não tente negociar sozinho; além de não ter preparo para esse tipo de negociação, você estará emocionalmente envolvido, o que facilitaria a ação dos marginais. A polícia tem profissionais altamente qualificados que conduzirão tecnicamente a negociação de forma a não colocar em risco a vida da vítima. O lema da polícia nesses casos é “primeiro salvar vidas e depois fazer valer o direito (fazer prisões)”. Se o marginal sentir facilidade, a extorsão poderá não terminar nunca ou, pior ainda, acontecer o “repique”, ou seja, outro seqüestro na mesma família pela mesma quadrilha.
CIDADANIA: COMO AGIR E EXIGIR
Até a Constituição de 1988 a segurança pública era assim definida: “Segurança Pública, dever do Estado”.
A nova Constituição veio diferente e trouxe no seu artigo 144 a inovação: “A Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos”. Quando disse direito, quis dizer exatamente que o titular desse direito é você cidadão. O patrão da polícia deixou de ser o Estado e passou a ser o cidadão. Portanto, você cidadão, não tem mais que pedir ou suplicar segurança pública e sim EXIGIR.
Não se deixe seduzir com propaganda de “entrega de viaturas e equipamentos”; são fatores importantes, mas por si só não promovem segurança.
Exija investimento de verdade nos policiais; salário digno e preparo constantes. O policial tem vedações constitucionais que impedem mobilização para reivindicar direitos e salário justos; cabe, portanto, a cada cidadão, defender aquele que o defende exigindo das autoridades governamentais o respeito e dignidade que estes merecem.
Participe dos CONSEG - Conselhos Comunitários de Segurança – que existem em todo o Estado, com a participação de membros natos da Polícia Militar e Polícia Civil, onde se reúnem todos os segmentos da sociedade para discutir, buscar e encontrar soluções para melhoria da segurança do bairro ou da cidade. Informe-se na Unidade Policial de seu bairro sobre a data e local das reuniões e passe a participar e a levar seus amigos.
Faça o registro de crimes. Segundo pesquisas do ILANUD, somente 23% dos casos de roubos e furtos no Estado de São Paulo são registrados, ou seja, de cada 4 casos apenas um é notificado. Esta subnotificação favorece a omissão governamental, pois quando o governo anuncia os índices criminais e comemora as reduções, saiba que a sua inércia ou descrença em fazer um B.O. (boletim de ocorrência) redunda em prejuízo a toda a sociedade. Por outro lado, saiba que o seu registro poderá ajudar a elucidar ou até inibir outros crimes e evitar novas vítimas. Pense nisso!
Disque Denúncia: como a maldita “lei do silêncio” impera principalmente na população mais humilde, a sociedade civil bem intencionada e organizada criou o “Disque Denúncia”, onde o cidadão não precisa se identificar para denunciar crimes e criminosos. Em São Paulo, use o telefone 181, ou procure saber o número usado na sua localidade e tenha consigo. Isto poderá salvar sua vida.
Acione o 190: caso perceba o perigo para você ou para qualquer pessoa, acione o número de emergência da Polícia Militar. Procure ser calmo, passando as informações ao operador do 190. Com o máximo de informações para uma “pronta resposta” mais efetiva. Oriente e eduque as pessoas ao seu redor a jamais usar o 190 para “trote”, pois além de ser crime, ocupará a linha que poderia salvar a vida de outra pessoa que realmente esteja em perigo.
Quando o artigo 144 da Constituição disse “responsabilidade de todos”, quis dizer que cada um de nós é de fato responsável pela segurança pública, não podendo ser um de nós alguém que direta ou indiretamente está participando da “cadeia de crime”.
Paz: atitudes concretas sim, hipocrisia não.
A violência é um fenômeno mundial impossível de ser neutralizado, mas seus efeitos podem ser minimizados e controlados e isso depende da atitude de cada cidadão: respeite as leis, não extravase suas anomalias psíquicas contra o seu semelhante, não se exaspere por pouca coisa, não alimente a cadeia do crime, releve provocações, durante um assalto entregue objetos de valor....
Parece óbvio, mas de difícil compreensão e execução. Tome atitudes concretas, sem hipocrisia. Reflita, será que você respeita mesmo as Leis? Você recolhe todos os seus impostos, contribuindo para diminuir a miséria social? É necessário revidar as fechadas sofridas no trânsito? Será que você não alimenta a cadeia do crime, comprando peças de automóveis em desmanches, produtos falsificados ou sem procedência, como CDs, calças, fitas K7, etc ou ainda fazendo aquela “fezinha” na banca mais próxima?
REFLITA, EXIJA E TOME ATITUDES!
BIBLIOGRAFIA
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Associação dos Administradores de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo; Secretaria de segurança Pública do Estado de São Paulo – Manual de Orientação e Segurança dos Síndicos, Moradores e Funcionários de Edifícios
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Gomes, S.O.; Lemos, M.T.A. Barros, R.F.; Santos, A.C.E.; Bortoletto, R.- Reaja! Prepare-se para o Confronto – 3ª edição – Editora Reaja
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Jornal Agora – 50 Dicas para deixar o condomínio mais seguro – 01/05/2005
Cartilha de Segurança Pessoal do STJ (Superior Tribunal de Justiça)
Iponema, L. – Como confeccionar o Plano de Segurança Patrimonial da Empresa – 1ª edição – 1988
Carvalho Neves, J.T.; Atanis, H. – Coleção Cartilhas de Segurança – Ed. CN Editorial Ltda - 2001